No que se refere a patrimônio histórico, é inegável a sua importância no que tange a preservação da história de um país e mundial. No entanto, o que se observa no Brasil é a precarização desses ambientes, que se dá não apenas pelas negligências governamentais, mas também pelo desleixo e depredação por parte da população. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências dessa problemática na sociedade brasileira. Em primeira análise, cabe pontuar o descaso do poder público como um dos grandes obstáculos para a proteção do patrimônio nacional. De acordo com o site Carta Capital, o orçamento para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, sofreu um corte de 35% em 3 anos, o que evidencia o descompromisso com a conservação da história. Em decorrência da falta de manutenção adequada, o destino do prédio bicentenário foi o trágico incêndio ocorrido, prejudicando estudos e pesquisas de diversos cientistas e arqueólogos. É inaceitável que um país que detenha vasto acervo como o Brasil permita o descuido chegar a esse ponto. Outrossim, a falta de interesse pela sociedade se apresenta como outro fator motivador para a precarização de nosso acervo histórico. Embora episódios como incêndios e destruição de grandes espaços ganhem maiores repercussões, sabe-se que, no Brasil, inúmeros monumentos que possuem bases históricas sofrem deteriorações, como pichamentos e depredações que colaboram para a fragilização, comprometendo o patrimônio histórico da nação. Dessa forma, é fundamental que esse cenário seja alterado. Urge, portanto, que o conhecimento histórico do Brasil seja, de fato, valorizado. Para isso, o Governo deve, por intermédio da Receita Federal, destinar uma parcela maior dos impostos arrecadados à manutenção de construções e peças, a fim de evitar acidentes que provoquem perdas do acervo brasileiro. Ao Ministério da Cultura, cabe a promoção de campanhas midiáticas que incentivem a população a frequentarem esses espaços. Com essas medidas, espera-se a atenuação da negligência atual.