Patrimônio histórico é tudo aquilo que carrega importância social, econômica, científica e cultural, além de que, é responsável por preservar a história da humanidade e construir a sua identidade. Entretanto, no contexto vigente, vê-se que há descaso do Estado Brasileiro em proteger essa herança, o qual resulta em rompimento da corrente de pensamento, algo que afetará as gerações futuras. Convém ressaltar, a princípio, que o desdém praticado pelos planos de governo recentes é visto na falta de verbas para a manutenção dos acervos históricos. Exemplo disso é o Museu Nacional do Rio de Janeiro que esteve funcionando, nos últimos anos, com orçamento reduzido, segundo reportagem do Bom dia Brasil, como também, chegou ao ponto de criar uma “vaquinha virtual” para arrecadar recursos. Dessa forma, nota-se que esse legado é refém de uma política injusta e que não está preocupada com os reflexos no futuro, algo que é entristecedor. Ainda nesse viés, percebe-se que o prejuízo às próximas gerações é causado pela interrupção da compreensão da história humana, à medida que o acervo histórico é destruído ou perdido, pois é a partir desses documentos, objetos e monumentos que o saber vai sendo concebido e repassado ao longo dos anos. Ademais, nota-se que a proteção desse legado contribui, também, para a redução do impacto ambiental, posto que reduz a energia e matéria prima necessárias para a construção de edifícios e instrumentos. Logo, é visto que há relevância na manutenção dessa herança, a qual deve ser repensada pela governança do Brasil. Em suma, essa precarização resulta da falta de apoio do Estado. Para contornar essa situação, é preciso que o Ministério da Cultura, em parceria com o Poder Legislativo, crie uma lei que taxe um capital necessário para ser enviado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, que será responsável pela compra de produtos químicos que conservam fósseis, por exemplo, assim como pela contratação de geógrafos, paleontólogos e historiadores, a fim de preservar o legado presente no Brasil. Além disso, a mídia e ONGs devem promover campanhas que solicitem o tombamento do patrimônio que ainda não sofreu essa medida, com o intuito de deixá-los intactos. Só assim, esse acervo terá condições de ajudar na construção da história.