Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 20/09/2018

Na obra " O Manifesto Antropofágico", o escritor Oswald de Andrade defendeu a necessidade de revisar a história do Brasil, para elaborar uma cultura de caráter nacional. Entretanto, no século XXI, o governo tem uma posição pacifica em frente ao respeito histórico-cultural da nação. Dessa forma, o descaso com o patrimônio histórico do país não só prejudica a formação cidadã, mas também contribui para manter o preconceito. Em primeiro plano, os museus auxiliam na construção da identidade do indivíduo. No Segundo Reinado, o imperador Dom Pedro II criou o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a fim de registrar as características do território e do povo, como objeto de estudo. De fato, a partir de tal conhecimento, a sociedade pode, além de ratificar a brasilidade dela, compreender os motivos de algumas problemáticas vigentes no país, como a corrupção no governo. Outrossim, o patrimônio histórico serve para desconstruir preconceitos cristalizados. Consoante a filósofa Hannah Arendt- no livro "Banalidade do Mal"- as pessoas sem instrução são propensas a praticarem o mal. Nesse sentido, a prevenção de estruturas do escravidão, como o Cais do Valongo, ajuda tanto na valorização de grupos oprimidos historicamente, como também no combate ao racismo. Fica claro, portanto, que não investir na conservação histórica é prejudicial ao indivíduo e, consequentemente, ao país. Dessa forma, o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Cultura, deve destinar maior porcentagem do PIB para a preservação e manutenção de museus, acervos e lugares históricos, objetivando o contato do cidadão de hoje com os registros da construção do país dele. Com essas medidas, a revisão histórica do Brasil proposta por Oswald de Andrade ficará mais próxima da realidade.