Para Aristóteles, a arte é uma imitação da vida. Nessa perspectiva, todo patrimônio histórico cultural é importante, pois representa, não somente, uma arte para a admiração, mas também, uma forma de compreender e estudar outras realidades, permitindo aos indivíduos contemporâneos maior identificação e aprendizagem com a cultura de outrora. Desse modo, a precarização do patrimônio histórico brasileiro implica na perda de conhecimento e de uma identidade cultural que, infelizmente, está sendo apagada. Foi no governo de Getúlio Vargas que foi criado o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão, vinculado ao Ministério da Cultura, importante para o reconhecimento, preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial do país. Contudo, os cortes no orçamento do Ministério, realizado pelo governo Temer, dificulta, principalmente, o trabalho da preservação dos patrimônios históricos, tais como os incêndios que ocorreram no Museu da Língua Portuguesa, em 2015, e o recente no Museu Nacional, ambos ocasionados devido falta de manutenção em suas instalações. É pertinente considerar, ainda, que há no Brasil uma banalização da cultura brasileira, principalmente na escola, ambiente onde a cultura estrangeira e erudita é tida como principal, às vezes, como única forma de arte. No entanto, o país é muito rico culturalmente e as instituições de ensino falham em não mostrar toda as possibilidades e diversidades da cultura brasileira. Tal qual a literatura de cordel, que foi recentemente reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Porém muitos cidadãos fora o Nordeste terão dificuldade de saber do que se trata, ou seja, falta mais integração cultural ao país. Por outro lado, é possível perceber que além de formar uma identidade cultural o patrimônio histórico pode ser usado para desenvolver o turismo, dessa forma, além de promover o conhecimento pode ser uma forma de se auto sustentar, além de desenvolver uma cadeia de serviços que traria benefícios para toda a economia do entorno. O Reino Unido e França são exemplo de países que incentivam a visita cultural e o conhecimento de sua história, por meio de museus. Dessa forma, conseguem sustentar seus patrimônios culturais, pois recebem muitos turistas que faz sua economia crescer. Por conseguinte, é primordial que o Ministério da Cultura, em parceria com o Ministério do Turismo, desenvolva um plano nacional para impulsionar o turismo cultural, por meio de agências de viagens e campanhas publicitárias na internet e mídias em gerais, com promoções e roteiros que envolvam a visita à natureza local e a cultura, a exemplo do festival de Parintins. Ainda assim, o Ministério da Educação deve implementar o ensino obrigatório de cultura brasileira dentro das escolas, utilizando outras disciplinas como história e literatura como apoio para promover a difusão cultural, dessa maneira, promover a empatia e fazer do patrimônio cultural não somente uma identidade nacional, mas também uma forma de monetizar e manter essa riqueza cultural.