Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 18/09/2018

A Constituição Federal, promulgada em 1988, compele à sociedade e ao Estado a preservação do patrimônio histórico nacional. Conquanto, a ascensão de catástrofes relacionadas à perda parcial ou total de grandes acervos culturais, no país, revela a instabilidade do arcabouço histórico brasileiro, e põe em xeque a parcela de responsabilidade inerente aos cidadãos, assim como foi preconizado pelo documento. Desse modo, convém destacar os fatores precípuos que motivam a problemática, bem como os efeitos dela no cenário nacional. Cabe pontuar, em um primeiro plano, a educação como o fator principal no desenvolvimento de um país. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente percebido nas diversas pichações em monumentos históricos, a exemplo do Centro Histórico de Manaus, conforme mostrado no jornal “Acrítica”, ou ainda, na tragédia do incêndio no Museu Nacional. Diante disso, nota-se a importância da educação na conservação do patrimônio material de um povo. Vale ressaltar, ainda, a má gestão governamental como impulsionadora do problema. De acordo com o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser exercida de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Nesse âmbito, apesar dos avanços relacionados à preocupação com o acervo cultural do país, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o não direcionamento adequado, por parte do poder público, de verbas que visem à manutenção do patrimônio histórico brasileiro, inviabiliza o alcance da estabilidade sugerida pela Carta Magna. Dessa forma, vê-se que o descaso governamental é fator preponderante no imbróglio. Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas públicas que visem à preservação do patrimônio material. Nessa perspectiva, é mister a atuação das escolas na promoção de palestras, aos discentes, acerca da riqueza cultural presente nos museus e monumentos públicos. Isso pode ser feito por meio dos professores de história e sociologia, com o desenvolvimento de projetos culturais, a fim de despertar, nos estudantes, uma reflexão sobre a memória cultural ofertada pelos museus. Outrossim, cabe ao Poder Executivo o maior destino de verbas à preservação dos prédios culturais do país, por intermédio da contratação de profissionais de segurança, com o fito de evitar ocorrências de atos de vandalismo. Só assim, caminhar-se-á à plenitude do que foi proposto na Magna Carta, e chegar-se-á ao equilíbrio aristotélico.