Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 17/09/2018

O Renascimento, movimento científico e artístico, foi concomitantemente um resgate da história greco-latina expresso em esculturas e manuscritos. Esse resgate reverberou-se em impactos positivos no pensamento e na estética da cultura ocidental. Fatos similares deveriam fazer parte da percepção hodierna brasileira, contudo, o que se nota é o descaso perante o patrimônio histórico nacional, que por conta da negligência do Estado, compromete a qualidade e a continuidade desse acervo historiográfico brasileiro. Inicialmente, é possível entender o atual cenário no que concerne à valoração dos elementos historiográficos do Brasil, como um resultado da falta de prioridade do Poder Público. Tal situação é constatada pelo quadro crítico em que se encontra o IPHAN ( Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), que passa por dificuldades em função dos recursos escassos do Governo Federal. De acordo com Kátia Bógea, presidente do instituto, em 2017, a autarquia incumbida de preservar o patrimônio nacional vinha correndo o risco de fechar. Logo, é possível entender que a situação infeliz em que se engendra o órgao mais importante por cuidar da cultura imaterial e material histórica brasileira, pois a falta de investimentos nesse instituto impede a efetivação de suas incumbências e coloca em risco a segurança de componentes primordiais da história nacional. Outrossim, essa falta de apoio governamental tem como consequência a precarização institucional e estrutural de museus e outros centros afins. A caso do incêndio do Museu Nacional e do Museu da Língua Portuguesa, são provas da precariedade da estrutura desses ambientes que deveriam receber atenção e proteção das gestões responsáveis por fazer isso. Outro ponto que merece destaque, é a ampliação dessas instituições frente às novas demandas. Segundo a presidente do IPHAN, por conta da insuficiência orçamentária, há anos não é renovado o quadro de funcionários que seria responsáveis pela manutenção desses locais, somado a isso, a falta de segurança, fiscalização e supervisão, favorecem furtos e incêndios, o que coloca em risco a preservação da riqueza histórica brasileira. Em suma, é percebível que o patrimônio nacional urge de investimentos para que seu inventário não seja sucateado e nem corra o risco de desaparecer. Portanto, levando em conta essa situação crítica, medidas são necessárias para a sua elucidação. A presidência deve ampliar verbas para o Ministério da Cultura, que por sua vez deverá direcioná-los ao IPHAN. Esses recursos terão como prioridade a recuperação das instituições responsáveis pela história e arte do brasil, como museus, igrejas, galerias de artes e outros centros afins. O objetivo desse investimento nesses lugares, terá como prioridade reformas que garantam uma infraestrutura adequada que evite incêndios e acidentes e a abertura de processos seletivos para concursos públicos de modo a aumentar o número de colaboradores e especialistas, entre eles, curadores, restauradores, seguranças, supervisores de risco em ambientes, administradores entre outros. Esses profissionais além de garantir a proteção dessas unidades e seus respectivos acervos, atuarão na manutenção, qualidade e proteção do Patrimônio Histórico Nacional. Com essas atitudes, será garantia parte importante do passado e da identidade do povo brasileiro.