Historicamente, o povo brasileiro nunca foi interessado em cultura, isso se deve ao fato de que nossa base educacional foi praticamente precarizada ao longo dos anos pelas políticas públicas e por nossos educadores mal preparados. Dessa forma, percebe-se que o desgaste do patrimônio histórico brasileiro é reflexo de muito tempo de displicência dos nossos governantes e a falta de educação da população, fica evidente que são necessárias mudanças. Sob esse viés, cabe ressaltar que o último presidente a visitar o Museu Nacional foi Juscelino Kubitschek, isso reitera a tese de que a política nacional não está em consonância com os interesses culturais, visto que o incêndio no museu ocorreu por falta de investimentos na manutenção e poderia ter sido evitado. Em vista disso, nota-se que é a metáfora perfeita para a atual situação do país que está mergulhado numa profunda crise institucional, política e cultural. Ademais, frequentemente nas ruas, diversos monumentos históricos e estátuas estão pichados ou sem uma parte, demonstrando a total falta de respeito e desinformação da importância das obras. O que corrobora com o pensamento de Edmund Burke: “Uma população que não conhece seu passado está fadada a repeti-lo". Ao seguir essa linha de pensamento, observa-se a importância da educação cultural que se faz necessária no ensino das escolas e na nossa sociedade em geral. Portanto, torna-se imprescindível a ação do Ministério da Cultura, conjuntamente com os poderes Executivo e Legislativo para criar um Programa Nacional de Incentivo à cultura que pode ser implementado primeiramente com iniciativas de curto prazo como investimentos para melhoria de equipamentos, melhoria de infraestrutura de museus e rejuvenescimento de monumentos públicos. Além do mais, é fundamental que se elabore iniciativas de longo prazo nas escolas do ensino primário, ensinando as mais jovens a importância da cultura. Assim, a consciência coletiva em torno dos valores culturais e históricos será desenvolvida com mais eficiência.