Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 15/09/2018

A expressão “Ordem e Progresso”, abreviação do lema de Auguste Comte, se encontra na bandeira de um país onde os casos de incêndios em elementos do patrimônio histórico são recorrentes. Considerando essa incoerência, nunca é inoportuno ressaltar que, no Brasil, apenas dois dos treze planos dos candidatos à presidência menciona a preservação desses patrimônios. Assim, manifesta-se inerentemente a realidade pátria, como fruto tanto do descaso governamental quanto da falta de consciência da população, a questão da precariedade do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações. Convém salientar, a princípio, que a falta de interesse do governo é, de maneira irrefutável, um fomentador dessa questão. Conforme a corrente positivista, que auxiliou na proclamação, a república deve “conservar melhorando”, isto é, conservar e aperfeiçoar aquilo que existe de bom (Ordem) por meio da correção e eliminação daquilo que é ruim (Progresso). Dessa maneira, o Estado, visando cumprir com os objetivos da Constituição (artigo terceiro), deve ampliar as medidas de proteção em obras de valor histórico, tendo em conta que a instalação de extintores e sistemas de alarme reduzem o tempo de ação das autoridades de contenção de incêndios. Com isso, contribuindo para a persistência no Brasil, evidencia-se a falta de medidas básicas de proteção como sustentáculo dos danos causados por acidentes em obras históricas. Outrossim, deve-se considerar a postura do chinês Confúcio, “se queres prever o futuro, estuda o passado”, ao se analisar a causalidade entre a falta de consciência da população e a precariedade do patrimônio brasileiro. Percebe-se, no decorrer da consolidação do Estado, que a referida relação demonstrou-se associada a vários episódios dentre os quais, cita-se a destruição do museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. De acordo com essa perspectiva, é importante situar que, nesse contexto, importantes obras se encontravam sem as devidas medidas de proteção pela falta de exigência dos cidadãos, sendo fundamental a análise de tais fatos para o tratamento da atual situação nacional. Desse modo, evidencia-se a necessidade de se estudar acontecimentos dessa natureza objetivando melhorias para a nação. Compreende-se, no alicerce da precariedade do patrimônio histórico, portanto, a falta de consciência dos brasileiros e o descaso das entidades públicas. Para amenizar esse quadro, a concepção aristotélica de que “O homem é o princípio das ações” mostra ser fundamental a mobilização da sociedade civil em manifestações pacíficas nas ruas exigindo a ação do Estado, com as emissoras de Televisão, na elaboração de campanhas de abrangência nacional expondo estudos históricos sobre a nocividade de acidentes e incêndios em patrimônios nacionais, bem como práticas que promovam a sua prevenção, além da implementação de um novo sistema de segurança, planejado pelos corpos de bombeiros. Dessa forma, as propostas de Aristóteles e Confúcio permitirão o avanço da Ordem e do Progresso no país.