"Se queres prever o futuro, estuda o passado". A frase de Confúcio, pensador chinês da Antiguidade, ressalta a importância da memória para as pessoas. É a lembrança de um ocorrido, ou mesmo a apresentação de acontecimentos às novas gerações, que faz com que nossa sociedade tenha menos chance de regredir em suas relações e atitudes. O principal "cofre" de memórias é o museu, lugar onde são guardados documentos, vestes e utensílios domésticos de uma época anterior. Através desses objetos, o historiador consegue traçar um panorama social, econômico e cultural do passado, e simplifica essa ampla pesquisa que faz, escrevendo artigos científicos. Infelizmente, no Brasil, o patrimônio histórico não é preservado com o zelo necessário. Incêndios que destroem boa parte dos acervos são recorrentes, como acontecido em 2018, no Museu Nacional (Rio de Janeiro), 2015 no Museu da Língua Portuguesa (São Paulo) e 2013, no Museu da América Latina (também na capital paulista). A explicação para esses ditos acidentes se dá na falta de uma política preventiva, que espera acidentes acontecerem para tomarem medidas cautelares. A falta de verba também é problemática, visto que políticos em campanhas eleitorais focam em áreas estratégicas (para ganhar votos) como saúde, educação e segurança. Evidente que existem áreas que necessitam mais atenção, porém os recursos para a manutenção de um local onde se guarda a memória nacional poderiam ser mais generosos. Para que haja maior cuidado com o acervo histórico, é necessário que o Governo Federal ,através de órgãos responsáveis, façam o levantamento de museus em condição delicada, e promovam o restauro tanto arquitetônico quanto estrutural, contratando serviços especializados para que haja uma prevenção de acidentes, e consequentemente a perda de documentos importantíssimos para a memória nacional. Dessa forma, a sociedade terá registros físicos de uma época passada, o que auxilia na construção da consciência atual.