Título da redação:

Patrimônio Histórico: cultura é a identificação do homem com o meio no qual esta inserido

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 19/10/2018

Ao longo da história, os patrimônios materiais e imateriais constituíram um grande legado do passado transmitido às gerações presentes e futuras. No entanto, um dos grandes desafios que permeia a sociedade brasileira é a precarização do patrimônio histórico, em que a falta de investimento em ações de proteção a esses bens implicam em perdas irreparáveis de memória, cultura e história de uma nação. Em primeira análise, cabe pontuar que no Brasil pelo menos uma instituição cultural é destruída por ano, segundo um levantamento pelo ICCROM (Centro Internacional para o Estudo da Prevenção e Restauração do Patrimônio Cultural). Um fato que ilustra esses dados de abandono da nossa identidade é a recente perca do Museu Nacional que entrou para lista dos grandes incêndios que destruíram instituições científicas e culturais brasileiras. Logo, esse cenário revela o descaso e inanição do poder público em construir medidas de manutenção, que assegure a preservação e proteção da materialidade e imaterialidade cultural. Somando a isso o renomado artista designer Aloísio Magalhães em uma de suas falas expressa bem o momento atual, no qual ele dizia que só se preserva aquilo que se ama, só se ama aquilo que se conhece. Desse modo, à medida que se aumenta o conhecimento sobre o patrimônio, também é possível aumentar a possibilidade de proteção. Logo, pode-se dizer que a ausência de uma educação cultural contribui para a desatenção e desinteresse tanto dos governantes, assim como da sociedade que deveria agir como agente fiscalizador. Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação dos desafios para a prevenção dos patrimônios históricos. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação e Cultura deve buscar priorizar e investir em ações efetivas e continuas no âmbito da conservação e proteção ao patrimônio, por meio de políticas de manutenção, com uma gestão de risco envolvendo equipes técnicas como engenheiros, arquitetos e bombeiros para que tragédias como incêndios, desabamentos, percas documentais e materiais sejam evitadas. Além disso, a conscientização a cerca da importância de toda nossa riqueza artística e cultural, visto que esse bem não apenas para o Brasil, mas à humanidade.