“Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la". Essa frase do filósofo Edmund Burke diz muito sobre a situação atual do Brasil, pois o país não cuida de seus patrimônios históricos (como museus, obras de arte e monumentos) e repete diversos erros cometidos no passado (como o culto de mitos e o flerte com o fascismo). Portanto, é necessário valorizar a história, porque com ela é possível construir um futuro melhor, reconhecendo os erros do passado e os corrigindo. Essa valorização histórico-cultural passa pela manutenção de seus patrimônios, mas o que se vê no Brasil é o descaso com os mesmos. Nos últimos anos, incêndios em instituições importantes como o Museu da Língua Portuguesa, o Memorial da América Latina e o Instituto Butantã confirmam este desprezo. Além disso, é claro que o abandono dessas instituições está enraizada na sociedade tupiniquim. Não adianta só colocar a culpa no governo ou nas empresas privadas que ficaram responsáveis pela manutenção desses patrimônios, mas sim cobrar da população em geral, para que esta valorize sua própria história. Por isso, o descaso com o patrimônio histórico brasileiro só será combatido só com uma intensa mobilização da sociedade. Se a população valorizar seu passado, elegerá representantes com esse mesmo preceito. Assim, o Estado irá investir mais no Ministério da Cultura (que cuida dos legados históricos do país) e realizará mais projetos, seja eles em conjunto com ONGs ou com instituições que lucrem com a história de forma digna. Com isso, a história será respeitada e o povo terá uma consciência melhor da mesma e, conforme citado inicialmente, isto é essencial para a construção de um futuro melhor.