Título da redação:

O descaso (não) por acaso

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 09/11/2018

A Lei brasileira de preservação do patrimônio histórico e cultural, de 30 de novembro de 1937, confere proteção ao patrimônio histórico e artístico nacional cuja preservação seja de interesse público. Conquanto, o descaso com o acervo impossibilita a salvaguarda de uma herança nacional e a população deixa de gozar de suas memórias culturais. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que a sociedade brasileira alcance um bem-estar social. A proteção da memória nacional é de suma importância para o desenvolvimento de um País. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um bom sistema que protege seu patrimônio. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido no incêndio de grandes proporções ocorrido no Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro, no dia 2 de novembro de 2018. De acordo com a Reitoria da UFRJ, universidade responsável pelo Museu Nacional, há décadas o financiamento vem sendo inadequado. Diante do exposto, fica claro que as autoridades brasileiras não protegem o patrimônio de forma devida. Convém pontuar, ainda, que a falta de informação e de cuidado da sociedade civil para com sua herança são fatores que impulsionam a precarização do patrimônio. Segundo Maquiavel: "Os fins justificam os meios". Diante de tal contexto, ficam expostas, então, as problemáticas envolvendo a precaução da identidade cultural e patrimonial. Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. É indispensável que o governo brasileiro, utilizando órgãos de defesa das instituições patrimoniais, confira se a verba destinada para a preservação realmente alcançou suas devidas destinações. É urgente, também, que a sociedade civil se empenhe em fiscalizar e denunciar, através de uma conscientização geral, os riscos que o menosprezo com as entidades históricas trazem para sua geração e para as gerações futuras.