Cinzas, tristeza e destruição. Essas palavras exprimem a tragédia ocorrida em setembro de 2018, ocasionada pelo incêndio no Museu do Rio de Janeiro. Diante desse fato, confirma-se que a preservação da cultura não é prioridade no Brasil. A precarização do Patrimônio Histórico denuncia o descaso por parte dos governantes em relação a memória do país.Nesse sentido, é importante avaliar os fatores que acarretam nesse cenário e suas implicações. Segundo a escritora Portuguesa Agustina Bessa “A Cultura é o que identifica o povo com sua finalidade”. Com base nessa afirmação pode-se fazer um panorama de qual é a finalidade do país, visto que o patrimônio histórico do país esta sendo apagado aos poucos, devido a falta de investimentos na área. O incêndio no Museu foi apenas uma das consequências do congelamento de gastos por 20 anos na cultura, saúde e educação; ocorrido em 2016. Enquanto isso, houveram aumentos expressivos nas áreas do agronegócio e da aviação civil. Logo, a precarização do patrimônio histórico expõem que o país não está voltado para o bem-estar da população e sim para ganhos extraordinários de uma minoria pela a exportação de matéria-prima. O descaso em relação à preservação do patrimônio histórico implica não somente em perdas gigantescas para a memória do país, mas infere também na educação dos brasileiros. Se a cultura não é valorizada, isso significa que a educação também , pois a duas andam juntas, e como dizia , o filósofo Francês Louis de Bonald:” A cultura forma sábios ; a educação, homens”. Então, para se alcançar melhorias na qualidade de vida, a primazia da educação e cultura torna-se pilares indispensáveis. Em vista dos fatos supracitados, é notório a necessidade de modificar os hábitos de investimentos no país. Por isso, é papel do Estado valorizar a preservação do patrimônio histórico, por meio da realocação, urgentemente, de mais recursos financeiros para o fomento e manutenção de obras e espaços de memória, a fim de evitar tragédias como o do Museu do Rio de Janeiro e impulsionar a educação brasileira. Também é dever da população, escolher por intermédio do voto, governantes que valorizem essas áreas em seus planos de governo, para que tais medidas sejam realizadas. Dessa maneira, espera-se preservar a identidade do país.