No século XIX, a família real veio morar no Brasil fugindo de tropas napoleonicas. No novo lar, eles deixaram muitos feitos e legados , que podiam serem vistos em um lugar especial, o qual também foi a residencia da Coroa. No dia 5 de junho de 2018 o museu nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o lugar tão importante, completou 200 anos de fundação. Sendo assim, o que deveria ser motivo de comemoração tornou-se de revolta, afinal, foi no mesmo ano de seu bicentenário que um incendio destruiu todo o museu. Esse triste episódio da história brasileira é resultado de escasso investimento governamental em cultura e ciencia, além desvalorização coletiva do espaço histórico. O museu nacional tem um inestimável valor histórico e cultural, pois uma valiosa espécies de fósseis , incluindo Lucy a mãe das américas, e objetos reais estavam lá e hoje são apenas cinzas indefiníveis. Nesse sentido, com esse triste episódio milhares de bens materiais foram perdidos mostrando o descaso do Estado em preservar os patrimonios nacionais, já que, outras instituições também encontram-se abandonadas, sem verbas e até fecharam suas portas para turistas. Ademais, outro fator que agrava o problema é a despreocupação popular em lutar pela preservação cultural do país. Desde de 2015, especialistas já alertavam as autoridades dos riscos que o museu apresentava, porém ninguém manifestou-se a respeito, hoje, quando só restam as cinzas, as pessoas querem reconstruir fisicamente o lugar. Dessa maneira, esse fato triste poderia ter sido evitado se o povo brasileiro valorizasse sua rica cultura,lutando e cobrando para que esses espaços não fiquem ao abandono,afinal,jovens passam semanas acampando para verem artistas estrangeiros, minorias matam e morrem em prol de suas causas, políticos corruptos investem bilhões em campanhas eleitorais e todos carregam uma margem de culpa por agirem em interesse próprio e esquecerem suas raízes que estão nos museus. Diante dos fatos supracitados, é mister que o Estado e a sociedade hajam para a conservação de bens materiais brasileiros. Ao primeiro, cabe investir verdadeiramente em museus , não cortando verbas, com desculpa irresponsável que não tem dinheiro para tal fim, realizando reformas e implantando redes de combate a incendios . Quanto ao segundo, devem criarem organizações não governamentais ou sindicatos para realizarem passeatas e mobilizações , cobrando as autoridades melhorias e reformas para outros museus, além de levarem ,por meio do ´´Projeto Eterno Museu´´, cada história que foi perdida,afinal, já dizia Lavoisier, ´´na natureza nada se perde , nada se cria tudo se transforma´´ , logo é papel de todos transformar esse ocorrido como uma página passada do livro de história.