Título da redação:

Cinzas culturais

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 21/09/2018

Foi na semana de comemoração da indepência brasileira quando uns dos maiores museus do país foi consumido por chamas, ocorrência que transformou em cinzas grande parte de seu patrimônio histórico e cultural. O incêndio do Museu Nacional trouxe a tona um tema muito relevante à cerca do país: a precarização do seu patrimônio histórico. Essa, representa uma falha governamental e mostra-se como uma grande barreira para o desenvolvimento do Brasil. Em primeira instância, a precarização do patrimônio histórico brasileiro é consequência da falha governamental. Essa informação pode ser legitimada pelo fato de que é dado ao Estado, perante a Constituição Federal de 1988, a responsabilidade da proteção do patrimônio cultural. Desse modo, é seu papel investir na preservação de instituições históricas do país. Todavia, de acordo com o jornal Estadão, a quantia direcionada à manutenção estrutural desses lugares tem-se reduzido a cada ano. Assim, por conta do descaso governamental, os locais responsáveis por estudarem e guardarem as memórias da formação do país são sujeitos à problemas estruturais inviáveis de serem resolvidos, o que em muitas situações tem ocasionado perdas irreparáveis. Outrossim, o descaso com o patrimônio histórico do país e a consequentes perdas irreparáveis da cultura brasileira, mostram-se como barreiras para o desenvolvimento do Brasil. Ratificando essa tese, tem-se um citação do filósofo George Santayana, na qual ele diz que um povo que não consegue lembrar seu passado está condenado a repeti-lo. Desse modo, ao perder informações do desenvolvimento humano, cultural e social, os brasileiros perdem também a chance de aprender com os erros de seus antepassados e evoluírem. Consequentemente, o país mostra-se fadado à um retrocesso histórico, incapaz de evoluir, haver perdido sua ciência de base, ou seja, ciência com a qual deveria aprender e melhorar. Dessarte, a precarização do patrimônio brasileiro é consequência do descaso governamental e representa uma grande barreira para o desenvolvimento do país. Diante disso é necessário que o Ministério da Cultura desvie verbas para manutenção, reconstrução e preservação das estruturas culturais que sofreram com a falta de verbas. Só através da preservação do que resta do passado, o povo brasileiro poderá entender o presente e moldar o futuro, de modo que as cinzas culturais dos museus perdidos sirvam, a partir desse momento, como combustíveis para mudança.