Título da redação:

A ordem Como Ponto de Partida

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 02/10/2018

“Aqueles que não conseguem lembrar do passado estão condenados a repeti-lo”. A frase de George Santayana, filósofo e poeta espanhol, evidencia que o futuro próspero só pode ser construído a partir do conhecimento do pretérito e, na contramão desse conceito, encontra-se o Brasil: a história virando cinzas a partir de uma degradação cultural endêmica e com a conivência do Estado, cujo papel de promover a cultura foi descumprido. A história e a cultura, sendo importantes para a prosperidade de uma nação, devem ser respeitadas e preservadas acima de tudo. Primeiramente, faz-se necessário perceber a causa mestra da degradação cultural brasileira. Segundo o filósofo Olavo de Carvalho, há, no Brasil, a atuante formação de bases para uma revolução gramscista que, por via de regra, busca a bestialização e desvinculação entre uma sociedade e o seu passado para que, posteriormente, essa mesma sociedade torne-se massa de manobra para uma revolução de cunho socialista. A situação exemplifica-se pelo ocorrido ao museu nacional no Rio de Janeiro, cujo verba a ele destinada não fora incisivamente aplicada pelo responsável – militante político socialista. Torna-se necessário, também, notar que esse aparelhamento de instituições públicas traz à tona o quanto o Estado é conivente com a situação. A atual situação econômica da nação não pode se tornar base de argumento para a desvalorização da cultura como vem fazendo o Governo Federal, subfinanciando museus e financiando artistas milionários através da famosa Lei Rouanet. Dessa forma, o Estado, em seus plenos poderes, mesmo que indiretamente, faz com que a ideia da revolução gramsciana tenha espaço no cenário brasileiro. Fica claro, por tanto, que a preservação do acervo histórico de um país faz parte do seu desenvolvimento social, permitindo lembrar o que foi positivo e o que foi negativo para a nação, evitando, assim, a repetição do erro. O freio do descaso para com a cultura tem de partir da população que, por meio de escolas e apoio familiar, devem protestar e exigir do Estado uma melhor política de preservação de museus e prédios históricos pois, acima dos poderes de um governo, está o poder do povo e aqueles que desejam o progresso devem exigir a ordem.