A obra ‘’O Cortiço’’ de Aluísio Azevedo, retrata um local insalubre e sem condições básicas para a vida humana em um Brasil já independente. Hodiernamente, tal situação ainda é uma realidade de muitos brasileiros esquecidos pela sociedade, os moradores de rua. Dessa forma, propiciar melhores condições para essa população é um desafio e, para isso, convém analisar os fatores socioeconômicos e culturais que favorecem esse quadro. Em primeira análise, destaca-se que o desemprego é o principal motivo que leva uma pessoa a ir morar nas ruas. Destarte, o modelo excludente de competição econômica, juntamente a crise vigente no país fez com que inúmeras pessoas perdessem seus empregos. A exemplo disso, pode-se citar a cidade de São Paulo que é o maior polo comercial do país e recebe imigrantes de diversas cidades que vão em busca de melhores oportunidades e quando não encontram acabam suscetíveis as ruas da metrópole que concentra o maior número de moradores de rua do Brasil. Outra preocupação vigente é a inércia da sociedade frente a esta questão. Tal situação harmoniza com pensamento de Bauman em sua obra ‘’Modernidade Líquida”, na qual afirma que a pós-modernidade é formada pelo individualismo. Desse modo, esses cidadãos excluídos socialmente, sujeitos ao frio, a fome, a violência e a solidão das ruas se quer são notados por muitos que cruzam seu caminho diariamente. É indubitável, portanto, a extrema necessidade de se promover a integração dos moradores de rua à sociedade. Sendo assim, cabe à mídia em parceria com as ONG’s conscientizar a população a respeito da situação desses moradores, por meio de campanhas publicitarias que disponibilizem número para aqueles que desejarem doar visando a mobilização nacional e, além disso, é primordial que as ONG’s ofereçam cursos profissionalizantes para que essa integração se torne efetiva.