Doentes em macas, em colchões no chão ou ainda em cadeiras, espalhados pelos corredores, amontoados em um espaço pequeno e sem conforto algum. Esse cenário, muito parecido com o de uma enfermaria de guerra, é facilmente encontrado em muitos hospitais da rede pública brasileira. Sem dúvida, a falta de verba, medicamentos, leitos e médicos são alguns dos problemas encontrados no SUS (Sistema Único de Saúde). Essas falhas comprometem um atendimento adequado e, para que isso seja resolvido, é necessário que a saúde pública seja a principal preocupação do Governo. A questão é: por que o SUS enfrenta tantos problemas? Primeiramente, porque o investimento em saúde não é a prioridade do Governo. De acordo com CFM (Conselho Federal de Medicina), o investimento em saúde por dia, per capita, não chega à R$4,00. Em comparação, em 2013, os outros países da América investiram cerca de 70% a mais que o Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com isso, não há verba suficiente e, consequentemente, ausência de medicamentos, poucos leitos, fila de espera e falta de médicos. Em segundo lugar, por causa da má gestão dos recursos financeiros, como afirma Roberto Luiz d’Ávila, ex-presidente do CFM, “Não há gestão qualificada. Há fraude, há corrupção. ”. Dessa forma, o pouco investimento que há no sistema de saúde ainda é desviado pelos políticos corruptos. Essa má gestão de recursos financeiros atinge diretamente o sistema público de saúde. Por exemplo, em lugares mais distantes e pobres, os problemas em relação ao atraso de pagamento de salários, à precariedade dos hospitais e clínicas e à falta de equipamentos para exame médico fazem com que poucos médicos aceitem trabalhar em tais regiões, o que gera a falta desses profissionais nestes lugares. Com isso, há agravamento das enfermidades por demora no atendimento, ou até mesmo mortes. Também, nas cidades, a falta de infraestrutura para acomodar tantas pessoas ocasiona a aglomeração de pacientes nos corredores e, mesmo nos poucos quartos, o desconforto. Concluindo, para que o SUS supere as dificuldades que possui, é preciso que ele seja a prioridade do Governo. Logo, deve-se destinar uma maior verba para o SUS, dessa forma, haverá melhor e maior contratação de profissionais da área da saúde, bem como a construção de hospitais novos e melhoria da infraestrutura dos já existentes. Mas não basta só isso, é necessário que haja o combate à corrupção, e isso deve partir do povo, pois é ele quem elege. Portanto, deve haver a promoção da conscientização política à população, principalmente aos jovens – que são o futuro do país –, que pode ser realizada nas escolas e por meio dos veículos de informação.