Título da redação:

Prevenir e então remediar

Tema de redação: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 26/03/2016

É através dos impostos que a sociedade financia os serviços públicos, como a saúde. No Brasil, no entanto, o retorno não é condizente com o que se taxa o povo; em alguns estados, o gasto anual com a saúde per capita não chega a 300 reais. A polêmica gestão da saúde pública no país revela-se, então, na falta de investimentos e de prevenção e na má administração de recursos, gerando consequências terríveis para a população. A saúde, que deveria ser um direito garantido pela Constituição, torna-se um luxo quando o sistema público não consegue suprir as necessidades básicas dos cidadãos. Nesse caso, a falta de infraestrutura faz com que muitos hospitais não tenham condições para atender os pacientes que recebem, deixando-os em longas filas ou atendendo-os com pressa e descaso. A situação é ainda mais desesperadora quando o povo volta-se para os planos de saúde particulares e encontra-se incapaz de arcar com a despesa destes, dependendo de um sistema público que sofre de macrocefalia e ineficiência. Vistas as dificuldades na remediação, a prevenção é fundamental no atual estágio da saúde brasileira. O influxo de pacientes nos hospitais públicos não encontra amparo, e muitas vezes problemas que seriam resolvidos facilmente levam a morte ou severas complicações. É crucial pensar sobre a origem de tantas doenças, contudo; no Brasil, são comuns as conhecidas como "doenças da pobreza". A falta de informação e saneamento básico nas áreas de baixo desenvolvimento levam a alta incidência dessas, por exemplo a esquistossomose. A importância da alimentação e da higiene pessoal devem ser ratificadas em tais áreas, estimulando a saúde familiar e por conseguinte aliviando a pressão sobre o SUS. Campanhas midiáticas com o objetivo de prevenção nas áreas endêmicas, financiadas por seus municípios, serão fundamentais na superação do quadro atual. Aumentos nos investimentos públicos em hospitais e projetos como Mais Médicos, também, serão imprescindíveis. Atualmente, não chegam a 50% do emprego de recursos, enquanto em países de referência na área, rodeiam os 70%. Acima de tudo, a boa gestão desses é essencial. Os gastos devem ser planejados minuciosamente, para que não faltem materiais ou leitos nos hospitais públicos, assegurando ao povo aquilo que lhe é de direito: a saúde de qualidade, por fim.