A fim de manter a ordem e conquistar o apoio da população, os líderes do Império Romano utilizavam a política do Pão e do Circo — distribuição de cereais e atividades para o entretenimento romano — para desviar o foco de outros problemas administrativos. Com a grandiosidade do seu império, Roma influenciou outras civilizações, inclusive na estratégia em lidar com população em massa. No Brasil, há a incorporação dessa política quando os investimentos em lazer são maiores que os da saúde a longo prazo. Possuidor da alcunha de País Tropical, o Brasil é propício a surtos de doenças pelo seu território. Com sua localização latitudinal favorável a climas tropicais, é o habitat ideal para os hospedeiros de diversos protozoários, com isso, necessita-se de investimentos para novas políticas de profilaxia direcionados à população, que sofre com as epidemias nas épocas quentes. Contudo, pouco é feito em relação à prevenção dos problemas de saúde quando o dinheiro que se precisa investir está direcionado a outras políticas públicas prioritariamente. Com os eventos esportivos, o governo redefiniu a distribuição dos investimentos e lesou a área da saúde — que já enfrentava problemas com o mau direcionamento das verbas aplicadas. Por tudo isso, uma medida cabível ao governo é a redefinição das prioridades e dos investimentos com a saúde no intuito de criar programas de profilaxia e atendimento de qualidade. Assim, abandona-se a política de Pão e Circo e é possível gerir sem deficiência a saúde pública.