É de notório conhecimento da população brasileira, que de acordo com a lei 8080, à saúde é direito de todos, e é dever do estado prever condições indispensáveis para seu pleno exercício. Ao contrário, à população vem sofrendo com as precárias condições do sistema público de saúde, visto que, é nítida a escassez de profissionais nós lugares mais distantes da capital, somando a falta de investimentos para à saúde da população. O Brasil conseguiu avanços importantes na oferta de saúde em regiões pobres e de difícil acesso, graças ao Programa Mais Médicos. Ainda assim, a desigualdade na distribuição de médicos entre as regiões brasileiras, indica como o principal problema dos brasileiros que procuram atendimento na rede pública. A situação se dá devido ao fato de que muitos médicos preferem trabalhar nas capitais, devido a precariedade dos vínculos empregatícios com as prefeituras nas cidades do interior, uma vez que a maioria dos municípios não investe em concursos, contrata médicos sem carteira assinada, sem nenhum vínculo contratual, por acordos de boca, o que favorece atrasos no salário. Essa conjuntura, de acordo com as ideias do contratualista John Lock, configura-se uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir a população seus direitos imprescindíveis. Ao analisar à saúde pública brasileira, observa-se, que a cada dia, o projeto SUS se afasta cada vez mais de garantir o acesso universal à saúde de qualidade, onde os mais carentes sejam privilegiados. Isso se deve porque, em decorrência da corrupção e crise econômica os governantes com o intuito de cortar gastos, comprometem a distribuição de verbas destinadas a saúde pública. Evidentemente a isso, de acordo com dados de pesquisa do site UOL\2018, há um aumento nos índices de morte, causadas desde a negligência médica até a falta de recursos, como, os medicamentos e os utensílios médicos. Logo, tem-se um problema cuja necessidade de solução é inquestionável. Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que os governantes promovam melhores condições trabalhistas, por meio de concurso ou contratos temporários, para que assim possam atrair os profissionais da área da saúde, além de estabelecer planos de carreira sólidos que os façam permanecer no sistema público. É imprescindível, ainda, desatrelar a gestão dos hospitais a cargos políticos, e o responsável pela saúde pública do município ou estado deve, necessariamente, indicar gestores com experiência não só na área médica, mas em gestão hospitalar. Dessa forma, será possível ter uma qualidade na saúde pública no Brasil.