Título da redação:

O Caos da Saúde Brasileira

Tema de redação: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 28/05/2016

Corredores hospitalares superlotados, pacientes deitados nos chãos, nas macas, em péssimas condições de higiene e saúde: eis o duro retrato da realidade brasileira na área da saúde. A falta de leitos, materiais e, principalmente, médicos são algumas das mazelas que a população enfrenta em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) devido ao pouco investimento no setor. A existência de hospitais públicos sobrecarregados de pacientes que se queixam sobre falta de médicos ao aguardar dias por um atendimento evidencia o transtorno da saúde no Brasil. Instituições privadas também não ficam de fora da situação caótica no atendimento e são alvos de reclamações sobre a demora e as longas filas de espera. Segundo dados da Associação dos Hospitais de Alta Complexidade do Estado de Goiás, os 1,3 mil leitos de 16 das maiores instituições de Goiânia estão superlotados, sem condições de receber mais pacientes. Contudo, a ausência de investimento na saúde e a má gestão dos hospitais torna difícil a realização de um serviço digno em um ambiente precário. É o caso, por exemplo, do Hospital Geral Clériston Andrade, no interior da Bahia, no qual a falta ventilação e leitos, faz com que muitos atendimentos ocorram na ambulância já que os cirurgiões precisam improvisar para socorrer como podem as centenas de pacientes diários. Ademais, essa falta de infraestrutura e organização nos hospitais, principalmente em regiões como o Norte, Nordeste e periferias, atrai cada vez menos profissionais na área da saúde e, estados como Amapá, Pará e Maranhão, chegam a ter menos de um médico a cada mil habitantes. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Governo Federal deve investir mais no SUS, modernizando os Centros de Saúde, com novos equipamentos, remédios e mais conforto, além de priorizar as regiões mais carentes, fundando de novos hospitais e mantendo o padrão de qualidade. Ademais, o Ministério da Saúde deve garantir ações para uma boa gestão, melhorando a vigilância em saúde e em relação ao manejo clínico dos doentes. Assim, cada vez mais médicos poderão exercer sua profissão em regiões mais distantes dos grandes centros urbanos, com garantia de que haverá os recursos necessários para um atendimento digno dos pacientes e, com isso, a distribuição de médicos pelo país torna-se regular.