A celeuma sobre como é administrado o Sistema Único de Saúde no Brasil vem, hodiernamente, tomando espaço na sociedade. Consoante observara o ensaísta francês Joseph Joubert, o objetivo da argumentação, ou da discussão, não deve ser a vitória, mas o progresso das ideias. Por conseguinte, a importância de uma análise acerca de qual deveria ser a prioridade de investimento do SUS, se na medicina preventiva ou curativa, é substancial para que haja soluções eficazes e peremptórias. É possível afirmar, através de dados apresentados pela literatura médica, que 85% dos casos de doenças podem ser sanados na atenção básica de saúde pública. Apesar, da evolução nas últimas décadas, a população brasileira ainda não é beneficiada com um eficiente programa de medicina preventiva. Dessa maneira, por não conseguir evitar enfermidades facilmente previsíveis em determinadas regiões, os grandes hospitais, consequentemente, ficam superlotados. Isso se reflete em diversos transtornos para os cidadãos e onera significativamente os cofres públicos. Além disso, o governo gasta com saúde pública, em relação aos países desenvolvidos, bem abaixo do necessário. Essa insuficiência de investimentos atinge de frente os resultados positivos que deveriam ser alcançados na atenção básica de saúde. O saneamento básico, por exemplo, é um projeto que tem estreita relação com a diminuição de doenças endêmicas e com uma notável economia de recursos públicos. Segundo René Descartes, não existem métodos fáceis para solucionar problemas difíceis. Portanto, para melhorar significantemente o atendimento à saúde da população, cabe ao Ministério da Saúde direcionar, ainda mais, sua atenção para a saúde familiar, por exemplo, contratando mais profissionais e distribuindo-os nas áreas mais periféricas. Somado a isso, as prefeituras municipais, apoiadas pelo Governo Federal, fundariam policlínicas que oferecessem diversas especialidades médicas, a fim de prevenir doenças mais graves e aliviar a sobre carga de pacientes nos grandes hospitais.