Com o fim da Segunda Guerra Mundial, difundiu-se o modelo chamado de Estado de Bem-Estar Social, enraizado nas ideias de um Estado que forneça, a todos, serviços públicos de qualidade como educação, segurança, saúde. Essa última, encontra-se em uma realidade paradoxal em nosso país, apesar de referência mundial em alguns aspectos, o Sistema de Saúde Brasileiro (SUS), infelizmente, mostra-se negligente no que se refere à garantia do serviço a todos. No intuito de reverter esse quadro, revela-se imprescindível melhor remuneração dos profissionais, além da ampliação de parcerias do setor público com a iniciativa privada, visando à mais adequada alocação dos recursos. Um dos entraves para a concretização do SUS como um sistema universal corresponde às desigualdades regionais. O enfrentamento a essas deve ser feito através da descentralização da responsabilidade pela prestação dos serviços, cabendo em grande parte aos municípios a gestão das unidades hospitalares, devido à especificidade dos problemas regionais Não só a descentralização, como – sobretudo – a inserção de parcerias público-privadas revela-se fundamental a fim de qualificar os serviços prestados. Com a insuficiência de leitos e a longa espera por exames e consultas com especialistas, o Estado deve suprir essa carência direcionando os pacientes a hospitais da rede privada, a exemplo do que foi realizado pelo prefeito João Dória na cidade de São Paulo. Além disso, os hospitais brasileiros operam com muito pouca eficiência segundo estudo do Banco Mundial. Há excesso de caros equipamentos ociosos, em virtude da falta de profissionais capacitados a operá-los. Assim, a ampliação do número de agentes da saúde demonstra-se importante, e sua realização se correlaciona com a valorização salarial desses profissionais. Elucidadas algumas formas de garantir o acesso universal à saúde de qualidade, compreende-se a necessidade do esforço de diversos setores, sobretudo do Estado. Esse deve ampliar a realização de parcerias público-privadas, de forma transparente, fiscalizando a rede privada a fim de possibilitar melhora na alocação dos recursos. Some-se a isso, a importância da valorização dos agentes da saúde por meio do aumento das remunerações, propiciado por melhor administração governamental, de modo a permitir uma saúde mais saudável.