Título da redação:

Excesso de ineficiência, falta de estruturação

Tema de redação: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 17/03/2016

Graças ao avanço das tecnologias e do conhecimento humano, várias doenças foram erradicadas ou passaram a ter tratamento. Apesar disso, a possibilidade de adoecer é uma condição inerente aos seres vivos e esta, por vezes, não pode ser evitada. No Brasil, a situação natural de adoecer transforma-se em pesadelo nas enormes filas dos hospitais públicos devido, principalmente, à falta de médicos e de estrutura. Em todo o território brasileiro, é raro encontrar um hospital bem estruturado, tecnologicamente desenvolvido e equipado que não seja privado. Para a maioria dos brasileiros, que são de classe baixa, a solução é esperar horas para serem atendidos em hospitais cujas condições médicas-sanitárias são niveladas no mais baixo patamar. Por causa da falta de correto investimento governamental na estrutura hospitalar, a taxa de proliferação de doenças hospitalares gravíssimas (como as causadas por superbactérias, por exemplo) e de óbitos por impossibilidade de melhor atendimento cresce exponencialmente. Muitas vezes, culpa-se erroneamente os médicos pelo mau funcionamento dos hospitais e pela demora nos atendimentos, mas a situação desses trabalhadores também é digna de reflexão. A fuga de cérebros é um fenômeno difundido no Brasil e se encaixa na Medicina brasileira. A sensação de incapacidade e de culpa diante de diagnósticos não tratados, as péssimas condições de trabalho e as exaustivas horas de plantão fazem com que esses profissionais prefiram trabalhar em países mais desenvolvidos. Nessas nações, os médicos podem exercer verdadeiramente sua profissão, cumprindo seus objetivos perante a sociedade. Para que a situação da gestão da saúde pública brasileira seja normalizada é preciso que haja melhor e mais correto investimento do dinheiro público pelo Estado na saúde, visando a melhoria das condições médicas-sanitárias e atendimentos mais eficientes. Além disso, tanto a população, reconhecendo e respeitando o trabalho dos médicos da rede pública, quanto o Governo, aprimorando seus salários e condições de trabalho, podem garantir uma Medicina efetiva no Brasil.