Em tempos hodiernos, a ineficiência na gestão da saúde pública se configura como um problema no Brasil. Nesse cenário, observa-se constantes esquemas de corrupção que prejudica tal setor. Ademais, o investimento público alocado a esse serviço é baixo, o que obstaculiza consagração de um sistema para todos. O uso indevido do dinheiro público pelos gestores de instituições de saúde se faz uma constante no País. Ratificando essa égide, o Tribunal de Contas da União afirma que são significativos os casos de improbidade administrativa que afetam hospitais e postos de saúde. Exemplo disso, foram casos recentes, exibidos pela mídia, de hospitais, ao longo do Brasil, que realizavam cirurgias e transplantes desnecessários com o intuito de receber verba extra do governo. Dessa maneira, tem-se que a corrupção é uma barreira para a efetuação de uma gestão eficiente e responsável. Outrossim, embora a constituição assegure que a promoção da saúde seja dever do Estado, essa não é uma realidade, haja vista que o governo brasileiro ainda é um dos que menos investem em saúde, comparando- o com as nações vizinhas. Nesse panorama, segundo a Organização Mundial da Saúde, países menos desenvolvidos como Argentina e Uruguai investem mais em saúde que o Brasil. Logo, vê-se que o País não se compromete plenamente em subsidiar uma saúde de qualidade à população. Parafraseando o médico oncologista Drauzio Varella, o sucateamento da saúde é reflexo do descaso com esse setor. Partindo dessa verdade, é necessário que a sociedade pressione o governo, reivindicando maior investimento na saúde pública, por meio de manifestações em vias públicas. Ademais, é crucial que a polícia federal investigue as irregularidades nas contas da União voltadas a saúde, a fim de apurar os crimes de desvio de dinheiro. Assim, a realidade da saúde pública entrará em consonância com a Carta Magna.