A vida é o bem maior dos direitos fundamentais, segundo a Constituição Federal Brasileira de 1988. Desse modo, a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Entretanto, é notável a precariedade deste serviço público no Brasil, tendo em vista a falta de estrutura física, profissional e humana vivida pelos brasileiros dentro dos hospitais populares. Diante disso, cerca de 93% da população os considera ruins ou péssimos, segundo o Instituto Datafolha. Nessa perspectiva, a condição física desses locais de atendimento é extremamente insatisfatória, não atendendo a demanda da população. A falta de medicamentos básicos, os hospitais sem infraestrutura adequada -com instalações elétricas, sanitárias e hidráulicas precárias- e a carência de equipamentos médicos para a realização desde exames básicos até as cirurgias, são fatos que demonstram a situação alarmante do Sistema Único de Saúde. É válido acrescentar também, a falta de profissionais disponíveis. Afinal, a maioria dos médicos recém-formados saem da universidade em busca de instituições privadas, exatamente por terem conhecimento das dificuldades enfrentadas no dia a dia do trabalho em hospitais públicos, além de receberem um salário inferior. Em consequência, a lista de espera do SUS só aumenta, ocasionando a morte de vários pacientes que não poderiam aguardar. Há casos em que a espera por uma consulta durou mais de 3 anos, como o corrido no Paraná. Pode-se dizer, portanto, que a fragilidade da saúde brasileira necessita de medidas para ser solucionada. Por isso, é preciso que o Governo invista em concursos públicos, para a contratação de médicos especializados e para incentivá-los a trabalhar nos órgãos públicos. Além disso, o Ministério da Saúde deve comprar mais medicamentos e equipamentos de qualidade para suprir a necessidade da população. Assim, poderá ser visualizado na realidade o que a Constituição propõe no papel para a sociedade brasileira.