Na Constituição Federal de 1988, o direito à saúde está expresso no art. 6º, como um dos direitos sociais de qualquer cidadão. Entretanto, o que se verifica no Brasil é o inverso do que preconiza a Carta Magna, pois há muito tempo a saúde pública vem passando por uma série crise na sua gestão. Torna-se, então, necessária uma análise mais criteriosa sobre os fatores que levam à saúde estar cada vez pior e uma participação mais efetiva dos gestores, para resolver a questão. Sabe-se que com a crise financeira instalada no país, muitas pessoas perderam seus empregos e acabaram perdendo também o plano de saúde. Segundo notícia do jornal o globo, estima-se que 2 milhões de pessoas perderam seus planos e tiveram que migrar para o sistema de saúde público, que já está sobrecarregado de indivíduos. Além disso, o número de epidemias, como dengue, zika e chikungunya, aumentaram de forma considerável, levando mais pessoas à buscarem o SUS. Para completar a situação, com a aprovação da PEC sobre a limitação dos gastos federais, os recursos da saúde serão ainda mais reduzidos. Com toda essa situação, os resultados são hospitais lotados, com longas filas de espera, pessoas internadas nos corredores sem higienização adequada, estrutura hospitalar precária e demanda de pacientes maior que a oferta de profissionais da saúde. Assim sendo, nem o programa Mais Médicos está efetivamente funcionando, já que muitos médicos estrangeiros estão reclamando da falta de estrutura e apoio que o governo prometeu oferecer. Em vista disso, percebe-se que a gestão pública de saúde está lamentavelmente piorando e precisando de uma reformulação urgente. Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para a melhoria do sistema de saúde no Brasil. Sendo assim, o governo deveria realizar um consórcio de hospitais, fazendo uma parceira com o setor privado. Assim, os atendimentos básicos deveriam ser feitos na rede pública e os casos mais complexos ou cirúrgicos nas redes privadas. Além disso, a mídia juntamente com o Ministério da Saúde, através de propagandas publicitárias, poderia informar a população sobre saúde preventiva, através de cuidados com higiene, alimentação e prevenção sexual. Muito embora haja muito mais o que se fazer, talvez essas medidas possam reduzir a crise na saúde pública.