Brasil, país onde se mais paga impostos no mundo, deveria ser, por analogia, também onde se mais investe na população, em segurança, educação e principalmente saúde. Infelizmente, o percentual de investimento na saúde pública é consideravelmente baixo, e vem, com o passar dos anos, se tornando pior, e grande parte da população, aparentemente, não demonstra preocupação em relação a tal descaso. A preocupação do estado para evitar que se invista dinheiro público, na saúde pública, vem aumentando. Está previsto, no decorrer dos próximos anos, um corte total de 10 bilhões no orçamento destinado a saúde, onde sem dúvidas, causará um colapso, pois hoje o Brasil, na situação de investimento atual, não supre o básico da saúde, e infelizmente, a tendência é piorar. Apenas com uma atenção básica de qualidade a saúde, conseguiria se amenizar 85% dos casos de enfermidades, mas infelizmente o panorama é diferente onde: não há macas em ambulâncias, não há macas em hospitais, não há equipamentos de qualidade, não há médicos suficientes. E os brasileiros parece estarem acostumados. A maioria da população, aparentemente, não está preocupada com o fato de o Brasil ser um dos países onde menos se gasta com a saúde, com o fato do SUS está ruindo, com o fato de se ter de esperar várias horas por um atendimento precário. O brasileiro está acomodado, está acostumado com o descaso público, tendendo a achar que sempre foi assim, e que dificilmente mudará. Portanto, o cenário da atual gestão da saúde pública tem de ser priorizada, seja pelo estado, destinando maior parcela do dinheiro arrecado por impostos ao SUS, fiscalizando o progresso dos hospitais, cobrando e punindo aos que estiverem dificultando o avanço da saúde, e principalmente, cobrados pela população em geral, seja por cobranças diretas ou protestos, pois são os brasileiros quem arcam com os impostos exorbitantes e também quem sofrem com o descaso da saúde pública. A saúde pública do Brasil deve mudar, começando pela atitude dos brasileiros.