‘’O sistema de saúde do Brasil está doente’’. Essa frase da revista Galileu, sem dúvida, está associada a uma atual e relevante discussão: a polêmica gestão de saúde pública no Brasil. Embora o acesso tenha melhorado, a crescente demanda por médicos e leitos em hospitais não tem se equilibrado com o crescimento da oferta. Diante disso, essa problemática exige uma urgente reformulação. Sabe-se que, com o surgimento da Revolução Industrial advieram preocupações sociais, tais como, segurança pública e acesso a sistemas de saúde. Essa última foi, indiscutivelmente, necessária para erradicar epidemias que se alastravam no âmbito do proletariado. Atualmente, a sociedade enfrenta o descaso da gestão de saúde do Brasil, pois a maioria dos hospitais não possuem os equipamentos básicos e não há oferta necessária de médicos. Conforme a pesquisa do Instituto Datafolha, 93% da população considera regular, ruim ou péssimo o serviço público de saúde no Brasil. Seria, então, indispensável uma reformulação no que tange aos investimentos na área da saúde para atender, de forma digna, as necessidades básicas e urgentes da população. Contudo, na tentativa de amenizar as adversidades da gestão de saúde, o governo brasileiro estimulou a vinda de médicos estrangeiros. Embora a estratégia tenha assegurado assistência médica para muitas comunidades carentes, o Brasil segue enfrentando um maior desafio: a corrupção de alguns políticos quanto ao baixo investimento na área da saúde. Com isso, médicos são desvalorizados e se concentram nas grandes cidades, pois não podem exercer sua profissão de forma completa, já que, a maioria dos hospitais, principalmente no interior, não possuem estrutura adequada. Em decorrência disso, cabe ao governo efetivar os investimentos necessários nos hospitais para que profissionais da saúde possam trabalhar dignamente, bem como, regularizar a verba destinada a saúde, que algumas autoridades recebem, para que não seja desviada para outros fins. Ademais, é preciso que a gestão da saúde pública do Brasil alcance todas as regiões possíveis para evitar que pessoas tenham que se deslocar por grandes distâncias. Assim, a qualidade dos planos de saúde serão garantidos à população.