Título da redação:

Ainda há "remédio" para a saúde pública

Tema de redação: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 27/08/2017

"Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou regredimos." Se Euclides da Cunha ainda estivesse vivo já teria conhecimento do caminho que a sociedade escolheu, afinal, a atual saúde pública do Brasil é o regresso da sociedade. Nesse sentido, nota-se que a saúde pública não é vista como prioridade e faz-se preciso combater esse descaso, além de reconhecer a importância das reivindicações populares para alterar tal cenário na sociedade. Em 2013, centenas de pessoas foram as ruas lutar por seus direitos civis e cobrar melhorias sociais, dentre elas, a saúde. Ainda que esse direito seja garantido pela Constituição Federal, os atos de corrupção faz com que não haja mudança na saúde pública. Infelizmente, são inúmeros os casos de desvios de verba e falta de transparência sobre as transações financeiras que, seriam destinadas a saúde. Em consequência disso, a qualidade do atendimento é fragilizada, pois há casos em que pacientes não são atendidos por falta de macas, remédios e equipamentos. Além do mais, a crise econômica afeta a saúde pública. No Brasil, a situação política atual passa por uma grave tensão financeira e, para conter gastos, os governantes cortaram as verbas destinadas à remédios. De acordo com o site G1, em 2016, o Mato Grosso reduziu o fornecimento gratuito de remédios destinados a doenças graves, como a fibrose cística. Dessa forma, vários pacientes que não tem condições de arcar com as despesas do medicamentos ficam prejudicados e é colocada em risco sua saúde. Diante da situação exposta, é evidente que apesar da crise enfrentada pelo país, é inadmissível que gastos com a saúde sejam cortados, visto que muitos cidadãos dependem dessa assistência. Assim, as autoridades, como medida paliativa, devem diminuir gastos em outras áreas, não na saúde. Ademais, ao Ministério da justiça, deve ser mais severo no que diz respeito a corrupção punindo os envolvidos e, juntamente com a mídia, divulgar tais ações para que as denúncias sejam transparentes e que, com o acompanhamento da população, essa situação não persista. Com isso, não será necessário uma nova manifestação que relembre os direitos - que deveriam estar assegurados-, e quem sabe, os leitores de Euclides da Cunha vejam que a sociedade escolheu progredir.