Título da redação:

A saúde que falha

Tema de redação: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 26/03/2016

A falta de médicos, infraestrutura, hospitais, verba pública e equipamentos é realidade na vida do brasileiro, principalmente de região interiorana ou periférica. O Brasil carece de uma saúde pública de qualidade para a sua população, ainda assim, não é pela falta de arrecadação que é paga pelo cidadão a todo momento através dos impostos. Então, por que a população sofre com tantos problemas na área da saúde? A alta carga tributária arrecadada pelo Estado não equivale ao capital investido na saúde pública brasileira. Segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil tem a maior arrecadação de impostos da América Latina, supera ainda, alguns países desenvolvidos. No entanto, o dinheiro não é aplicado na saúde pública pela má gestão de governantes e prefeitos, seja pela falta de recebimento das verbas públicas ou pelo desvio do dinheiro para áreas não emergenciais, como a construção de estádios de futebol. Diante disso, a falta de investimento na área médica gera diversos problemas, como: a precária qualidade de vida do brasileiro, situação calamitosa no atendimento e estrutura de hospitais e prontos atendimentos, além do atraso salarial para os profissionais da saúde. Não há como negar que o SUS (Sistema Único de Saúde) é de suma importância para toda a população brasileira. Não obstante, aliado com a falta de retorno financeiro na saúde pública, está a má distribuição dos médicos no território nacional. Acontece que quando o médico se forma, a opção para desenvolver os seus conhecimentos adquiridos durante a sua formação certamente será um grande centro urbano, por propiciar melhores condições trabalhistas. Com isso, áreas afastadas de regiões metropolitanas carece de médicos e enfermeiros. Portanto, melhorar a estrutura dos centros de saúde localizados no interior do Brasil e o incentivo do poder público a esses profissionais capacitados através de melhorias nas condições de trabalho e salariais, torna-se emergencial pela atual concentração de médicos em grandes centros. É notório que o mau investimento do dinheiro público na saúde e a falta de profissionais desse ramo nas áreas afastadas é um empecilho para a qualidade de vida dos brasileiros da região. O Estado deve destinar os recursos de forma homogênea, aplicá-lo na construção de hospitais e garantir o pagamento salarial dos profissionais. Concomitante a essa medida, precisa realocar os formandos de medicina e enfermagem para os respectivos locais de sua formação, a fim de evitar a dispersão desses profissionais para os grandes centros urbanos. Conclui-se que o melhor investimento na infraestrutura de hospitais e prontos socorros, especialmente em regiões do interior, atrelado a igualdade dos profissionais espalhados no território nacional, serão medidas eficazes para uma saúde pública de qualidade para todos os brasileiros.