Título da redação:

A Saúde Pública no Brasil

Tema de redação: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 01/04/2016

O cuidado com a saúde no Brasil começou com a chegada da família real, culminando com a criação de escolas médicas, o que fez a saúde receber uma atenção mais formal e acadêmica, ainda que o acesso ao conhecimento e tratamento fossem limitados a poucos brasileiros e portugueses. Muito tempo depois, já no governo de Rodrigues Alves, a primeira medida de saúde pública foi tomada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, que sucedeu com a famosa revolta da vacina. Depois vieram as associações e instituições, que mais tarde deram início ao que hoje temos como Ministério da Saúde, o qual promoveu a criação do SUS (sistema único de saúde), sistema esse premiado pelas potencias europeias e sendo infelizmente caótico e desolador em território brasileiro, seja pela falta de recursos ou má gestão. O maior problema quanto à falta de recursos se dá pelos desvios de verbas que seriam destinados para a saúde. O site saudemaisdez, apresenta demonstrativos das verbas que foram desviadas para outras áreas, inclusive programas sociais. É sabido que o SUS é mantido através de impostos juntamente com repasses do governo federal, estadual e municipal, que propiciam o funcionamento de UPAS (unidades de pronto atendimento) e hospitais públicos. No momento em que um desses agentes falha, sobrecarrega as demais instituições, acarretando o caos que vemos nos noticiários, greves de servidores, sucateamento das unidades de saúde, falta de equipamento e profissionais. Quando o problema não é recurso, trata-se de má gestão. Um relatório feito pelo banco mundial apresentou o impacto que a desorganização e a ineficiência na gestão de recurso causa no SUS, gerando problemas de acesso e cuidados para muitos indivíduos. Geralmente os responsáveis que estão à frente das instituições e secretarias de saúde, estão por indicação politica, nem sempre apresentam qualificação para gerir determinado setor ou sua formação não condiz com que será cobrado de acordo com a função que ocupa. Por vezes há denuncias relatando alas hospitalares novas ainda fechadas e sem uso, equipamentos encaixotados, quando deveriam estar em funcionamento e compras de materiais superfaturados. Dessa maneira observamos nossa contribuição tributária sendo mal empregada. Portanto, não há perspectiva de efetivo cuidado à saúde no Brasil, quando as diretrizes propostas pelo SUS, as definições legais para investimento e aplicação de recursos para o setor saúde, assim como o perfil de gestão não são resolutivos ou seguidos dentro de um planejamento prévio. É necessário trabalhar contra a corrupção, monitorando os serviços e fiscalizando como é feito o gasto dos recursos e capacitar funcionários para uma gestão mais transparente, voltada ao cuidado e a prevenção de doenças.