Segundo a Constituição Federal Brasileira, todo cidadão tem direito a saúde de qualidade. Constantemente, vê-se debates acerca desse tema, que traz a tona questionamentos importantes, no que diz respeito ao cumprimento do papel do governo na garantia de tal direito. Afinal, falta festão ou investimento? A saúde pública tem sido considerada como uma mazela para a sociedade. Apesar de ser colocada como prioridade em diversas campanhas políticas, o resultado do prometido é sempre divergente às expectativas criadas por os cidadãos. Nos hospitais faltam leitos, materiais para procedimentos e profissionais, além do mau atendimento e a falta de assistência médica necessária. Há, então, uma clara violação dos direitos humanos, no que tange a qualidade do serviço de saúde. Conforme um levantamento feito pela ONG Contas Abertas, o Brasil é o país que menos gasta com o sistema de saúde. Países como Canadá, Reino Unido e Espanha são considerados como os melhores no funcionamento da saúde pública. Tais países gastam cerca de 8¢ do seu PIB no investimento, enquanto o Brasil tem gastos inferiores a média mundial. Afim de suprir uma situação emergencial, o governo criou o Programa Mais Médicos. Este tem como prioridade a resolução de problemas, como a falta de médicos em regiões mais isoladas, bem como a expansão do número de vagas em faculdades de Medicina. Porém, esse não é um programa que irá solucionar toda a mazela da saúde pública. Portanto, fica evidente a necessidade de não só a população se apropriar dos seus direitos e exigi-los, como também uma melhor fiscalização e investimentos do governo. É fundamental que os gastos sanitários saiam da margem dos 45% e que cada vez mais seja investido em qualidade e não quantidade.