A saúde é um direito fundamental descrito na Constituição Federal de 1988. Na norma, o SUS possui um dos melhores ideais para a saúde no mundo, pela cobertura integral, gratuidade, distribuição de medicamentos, atendimentos de postos de saúde em bairros, entre outros. Contudo, o sistema não tem sido eficiente e nem eficaz em sua proposta. Diversas mazelas são expostas frequentemente na mídia e vivenciadas pela sociedade, como a falta de médicos, enfermeiros, medicamentos, locais precários e até sem condições de higiene. Podemos relatar vários fatores, mas certamente, a corrupção é o maior deles. A legislação prevê um percentual de repasse das verbas para a saúde, mas não há aplicação. A corrupção é um tema em voga, e a sociedade tem ido às ruas para clamar pela sua redução, pela moralização. Outro revés para a gestão da saúde pública é a falta de planejamento. Na década de 80, quando o sistema começou a ser implantado, a população era bem menor. Atualmente, a precária estrutura não suporta a demanda. Além dos problemas políticos, do lobby dos planos de saúde e hospitais particulares, das dificuldades estruturais; a coletividade também contribui para a ineficiência da gestão em saúde; há procura de hospitais e centro médicos por motivos irrelevantes, e porque ainda não foi implementada a cultura da medicina preventiva. Enfim, existem mais problemáticas que não podem deixar de ser observadas. Mas, decerto que, enquanto não houver seriedade, repasse correto das verbas, vontade política e social, aparato; a saúde será sempre tema de debate político, de estudos científicos e de abandono ao direito constitucional. O que se visa, é que o objeto e a norma sejam aplicações conjuntas e reais, para que se alcance o patamar mínimo da dignidade da pessoa humana.