O Sistema Único de Saúde (SUS) é considerado um dos maiores complexos de saúde pública do mundo, e a ideia de implementação e realização dele é extraordinárias, mas falta eficácia e qualidade no objetivo para o qual ele está disposto. Os investimentos nessa área ainda são tímidos quando comparados a outros países, além da absurda concentração de profissionais ou hospitais nos grandes centros urbanos, o que resulta na dificuldade de acesso à saúde enfrentada por milhares de brasileiros. Há uma absurda desestruturação nas unidades de saúde, nas quais muitas vezes são acumulados corpos, faltam equipamentos e a higiene, que é fundamental, está precária. O programa Mais Médicos foi de extrema importância para o Brasil, não apenas pela contratação de profissionais cubanos que são referência mundial para medicina, mas também porque estas eram pessoas dispostas a ir para diversas regiões brasileiras com falta de atendimento público, seja geral ou especializado. No entanto, o programa tem sido enfraquecido por cortes que prejudicam pontos fortes do projeto. Os supervisores de médicos estrangeiros são de extrema importância para a adaptação destes ao país, mas muitos desses auxiliares estão sendo desligados diante da atual situação de crise, embora fosse importante poupar a saúde pública. Há ainda um problema interno dos serviços do SUS, do atendimento e qualidade mesmo nas grandes cidades. Houve o recente caso de corrupção no serviço da Samu, na qual os profissionais que transportam pacientes recebiam propina para agravar a situação destes e levá-los à UTI, o que não havia necessidade de ser feito, sendo este apenas uns dos diversos casos de corrupção na saúde pública. As pessoas carentes devem enfrentar o problema de não poder mais confiar nos profissionais que supostamente se formaram para melhorar as condições de vida do cidadão. Diante dos fatos apresentados, é importante que o Ministério de Saúde prossiga com o projeto Mais Médicos, prorrogando sua duração, contratando mais estrangeiros, mesmo em um momento difícil para comprar equipamentos e para construção de espaços físicos, é importante a presença de um profissional para a população mais carente. O Ministério da Educação deve estimular maior formação de médicos, considerando que a quantia atual não está suprindo a demanda do povo. A mídia deve denunciar sempre que possível as condições precárias pelas quais hospitais passam e organizar sistemas de doação de dinheiro para esses centros públicos, uma vez que em certas épocas do ano como o verão, há escassez até mesmo de utensílios essenciais como gaze.