Ao longo do período colonial no Brasil, durante os séculos XVI e XIX, os portugueses assumiam posse dos escravos, que por sua vez, eram definidos como mercadoria. Anos após a abolição da escravatura, a persistência da intolerância e do preconceito com a raça negra demonstram a falsa liberdade promulgada pela abolição. Nesse contexto, torna-se evidente a falta de empatia da sociedade e a inobservância estatal quanto a efetividade das leis. Na canção do "rapper" César MC, "Quem tem boca vaia Roma", torna-se evidente a supremacia dos negros entre a população carcerária brasileira, representando dois terços dela. Assim como, manifesta o esteriótipo do negro como bandido, no verso onde ele articula que a bala perdida sempre encontra a pele negra. Outro exemplo de esteriotipação é feita pela Indústria Cultural, onde os negros estão, na maioria da vezes, em papéis associados a pobreza e criminalidade. A cada 23 minutos um negro morre, e esse número só cresce. O que demonstra a tamanha falta de empatia para com a sociedade negra. A intolerância também se manifesta por efeito da desigualdade social, uma vez que o salário do negro em muitas áreas ainda é menor em relação ao do branco. Decorrente disto, é importante destacar o papel dos ativistas, como o cantor Emicida e o ator Lázaro Ramos, que atuam contra o embranquecimento da mídia e a intolerância, e defendem o multiculturalismo social, assim como fazem o slam resistência, as poesias marginais e os "raps". Nesse cenário, urge que o Estado, efetue as leis de forma eficaz, assim como deve investir ainda mais em educação, uma vez que ela trabalha com a inteligibilidade dos alunos, e prepara-os para conviver com as diversidades. Outrossim, o Ministério Cultura deve se dedicar na preservação da identidade cultural, por meio de ONG's e do auxílio de profissionais especializados no assunto. Em adição, o Ministério da Educação deve apresentar palestras e campanhas, com objetivo de conscientizar a população acerca do racismo e da desigualdade racial. Dessa forma, o Brasil poderá caminhar na consolidação de um país igualitário.