Predomina ainda no Brasil uma convicção errônea sobre o racismo: a de que foi extinguido com a escravidão no século XIX, quando assinada a Lei Áurea pela Rainha Isabel. Experiências relatadas na internet e fora dela, mostram como esse ato primitivo ainda está presente em nossa sociedade contemporânea por meio da injúria e do preconceito racial. A observação crítica de fatos históricos revela que esta prática de hierarquizar as raças e etnias foi se mantendo século após século, como se fosse uma herança passada de pai para filho. No Brasil colonial, perpetuou a ideia de que as tarefas braçais e de valores inferior, são responsabilidade dos escravos, por outro lado o branco tinha o papel de liderar. Dessa forma, tal atitude permanece até hoje, através da desigualdade de direitos, uma vez que, a participação negra na sociedade, tanto política como comercial, é mínima. Ainda convém lembrar que a injúria racial se caracteriza por uma atribuição negativa, que ofende a honra da vítima. Pode-se mencionar, por exemplo o caso do goleiro Aranha, que durante um jogo foi chamado de “macaco” por uma torcedora, no qual teve sua devida punição, que permite fiança e tem pena de no máximo oito anos. Portanto, há a diferença perante a lei, injuria e crime racial, é que este não permite fiança e imprescritível, sujeito à pena de reclusão. Em face a essa realidade é imprescindível que haja a democracia racial no país, que deve ser incentivada nas escolas com o apoio do Ministérios da Educação em parceria do Ministério da Justiça e Cidadania, mediante de profissionais por meio de palestras. Faz-se necessário a participação da sociedade, com a valorização, pois a miscigenação está presente no Brasil e compõe nossa cultura. Somente assim, seremos uma nação que respeita os direitos de forma igualitária.