Título da redação:

Da abolição ao preconceito

Tema de redação: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 25/06/2016

O marco da história do preconceito no Brasil teve seu início com as Grandes Navegações nos séculos XV e XVI. A equivocada visão eurocêntrica do mundo considerava que negros e indígenas não teriam identidade cultural, uma vez que a África foi vista apenas como reserva de mão de obra e os índios, de acordo Padre José de Anchieta, havia a necessidade de convertê-los, pois suas crenças não eram consideradas como fé. Esse processo histórico gerou problemas sociais, motivo de discussões entre professores juntamente com estudantes em âmbito nacional, já que há a disseminação de preconceito racial aliado ao não cumprimento dos direitos estabelecidos na Constituição Federal brasileira. Os negros sofriam de diversas doenças como varíola, disenteria, sarna, além de estarem sujeitos à lei dos três "pês": pão(para comer), pau(para andar na linha) e pano(para vestir). Após Guerra do Paraguai do século XIX, com o surgimento dos ideais republicanos para tentativa da abolição da escravidão no Brasil, visto que grande parte do exercício era composta por negros em busca de liberdade, foi sancionada a Lei Áurea sem qualquer mecanismo de inclusão social depois de séculos de escravidão. Assim, esse distanciamento, levou a sociedade a criar idéias preconceituosas. É fundamental para o exercício da cidadania, haver o respeito mútuo no convívio humano. De acordo com Confúcio onde há educação não há distinção de classes. De maneira análoga, a Constituição Federal brasileira é clara, considera atos resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional como crime. Embora uma lei, ainda existe descriminação em entrevistas de emprego, ingresso nas universidades e convívio social. Isso agrava, ainda mais, a busca pela sociedade igualitária. Diante da discriminação entre seres humanos, portanto, o Estado deve condenar não somente essas ações racistas, mas também investir na educação pública básica através de cotas, criar até mesmo, um processo de reabilitação socioeducativa para o preconceito racial. A fim de efetivar as ações estatais, as universidades devem inibir qualquer apologia ao racismo, elaborar palestras com temas referentes à diversidade cultural brasileira. Já as famílias, devem orientar os filhos de que não existe classificação de pessoas pela cor. Dessa forma, configura-se o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, de modo a extinguir possíveis problemas gerados no processo histórico brasileiro.