O filme Crash: No Limite, retrata o drama das pessoas negras para conviver em uma sociedade preconceituosa em pleno século 21, visto que demonstra o preconceito as desigualdades e a perseguição da polícia a esses indivíduos. Assim, é possível afirmar que o racismo é um problema grave. Desse modo, é válido analisar os fatores que sustentam a prevalência desse impasse, como também os motivos que impedem a sua resolução definitiva. Segundo o filósofo Immanuel Kant: “o ser humano é aquilo que a educação faz dele.” Dessa maneira, a prevalência do racismo na sociedade brasileira está associada às raízes culturais e educacionais, ou seja, esse impasse é uma herança do passado escravista, no qual as famílias brancas ensinavam seus filhos a não aceitarem a ascensão do negro, prova disso é a pouca participação do afrodescendente na política e no ensino superior. De acordo com o Mapa da Violência, a chance de um jovem negro ser assassinado é de 2,5 vezes maior do que um branco. Torna-se claro, nesse sentido, a crescente marginalização do negro, o qual em muitos casos se encontra obrigado a viver em favelas, além de se envolver no mundo do crime e por consequência ter problemas com a polícia, haja vista as inúmeras denúncias de abuso policial para com a comunidade negra. Ademais, o impacto da prevalência do racismo está longe de ser resolvido. De fato, apesar da aprovação da lei que torna o preconceito racial um crime, ainda assim os casos de intolerância continuam crescentes, pois há pouca fiscalização e estruturação dos meios físicos de atuação dessa lei, isto é, delegacias e profissionais especializadas, por exemplo. Outrossim, Falta também na sociedade o desenvolvimento do sentimento de igualdade, uma vez que de Nada Valerá a criação de leis e projetos, se não houver o apoio da população, ou seja, a conscientização da importância do negro para a formação da sociedade. Com isso, é notável a complexidade das barreiras a serem vencidas para a resolução da questão. Fica evidente, portanto, o quão perigoso o racismo é para a sociedade. Nesse sentido, faz-se necessário que o Governo em parceria com as esferas estaduais e municipais, desenvolvam delegacias especializadas em crimes de racismo, nas quais os cidadãos possam denunciar de forma física e virtual através de ouvidorias. Além disso, as instituições de ensino, em parceria com ONGS, devem promover discussões sobre a prática do racismo e suas consequências. É relevante, ainda que a mídia aborde a temática em novelas, programas de TV e campanhas publicitárias. Apenas assim, esse impasse poderá ser diminuído e até mesmo resolvido.