A ascensão da Lei Áurea em 1888 representou o fim da escravidão no Brasil. Todavia, o ingresso do negro de volta a sociedade ocorreu de forma lenta e discriminatória. Tal cenário pode ser percebido no mercado de trabalho, uma vez que de acordo com pesquisas feitas em 2013 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos(Dieese),os negros ganham em média 36% a menos que os brancos independente do grau de escolaridade. Nesse sentido, para o antropólogo Émile Durkheim, a desigualdade racial serve de motor precursor para várias outras desigualdades, sobretudo a de renda. Outrossim, dados veiculados a Secretaria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), revelam que o número de denúncias pautadas ao racismo dobrou em um período de 2011 a 2013. Em síntese, isso se dá devido a ausência de orientações pedagógicas acerca da discriminação racial nas instituições escolares sendo que essa possui um terreno propicio para a disseminação de comentários preconceituosos a fim de atingir emocionalmente o público alvo. Ademais, os meios de comunicação em massa pouco tem feito no intuito conscientizar à população no que tange à discriminação racial. Destarte, para mudar esse cenário é importante o apoio do governo federal e da mídia. O Ministério da Educação (MEC) deve instituir palestras de conscientização nas escolas, ministradas por psicólogos, pedagogos e professores. Além disso, os veículos de comunicação devem organizar campanhas de esclarecimento a sociedade por meio de redes sociais, rádios e emissoras de tv.