A partir de meados do século XVI provindos do continente africano, os negros chegaram ao Brasil como escravos. Só em 1988 foi sancionada a lei Áurea, que aboliu a escravidão no país. Entretanto, ela não concedeu aos libertos direitos fundamentais, como o acesso à terra e à moradia, que os permitisse exercer a cidadania. Desde então, o negro sofre as consequências da construção da história do país e o racismo ainda tem continuidade na sociedade brasileira atual. O racismo corresponde a uma atitude hostil ou discriminatória e pode estar travestido de uma brincadeira sutil ou chegar a casos extremos de violência. Cotidianamente, é possível constatar essa intolerância a partir das notícias veiculadas na mídia. Episódios de celebridades agredidas nas redes sociais e jovens inocentes mortos pela polícia apenas por terem a cor negra são recorrentes. Constatando assim, a persistência do preconceito racial. Contudo, nota-se um discurso de recusa perante a essa realidade, sobretudo na alegação que o país é miscigenado e que assim o preconceito não existe. A falsa ideia, como consequência, reforça a persistência do racismo e legitima a sua prática. O Brasil, por mais que tente camuflar, é racista. E é um desafio para os estado e as entidades governamentais a mudança dessa problemática. Primeiramente, é preciso a implementação de políticas de inclusão, como as cotas em universidades, que visem minimizar as discrepância entre brancos e negros. Mas, a principal mudança deve vir da Educação, com inserção de atividades e disciplinas que visem a construção de um pensamento de igualdade perante as diferenças e promovam a valorização da identidade da população afro-brasileira.