Brasil: a pátria do racismo camuflado O racismo não mede limites para desrespeitar aos negros na sociedade brasileira. Como é sistêmico e antigo, ele ainda persiste, porque se mascarou através da hierarquia social, das oportunidades de trabalho e da marginalizacão dos afrodescentes em favelas e periferias. Enquanto houver desigualdade social promovida pelos preconceitos: étnicos, culturais e religiosos, será árduo lutar pela democracia racial. Desde a década de 1970, o CDER, Comitê para Eliminacão da Desigualdade Racial, orgão de monitoramento da ONU, pressiona o governo federal à implantacão de acordos para coibir discriminacões raciais. Entretanto, o descaso brasileiro para com a periodicidade dos relatórios revela que mesmo após a redemocratizacão a partir de 1979, há dificuldades em superar um racismo consolidado. Basta olhar para as escolas, hospitais, universidades e partidos políticos para notar como faltam integrantes negros. Essa ditadura da raca caucasiana permanece após a abolicão da escravatura, pois a imagem do negro é denegrida e desprovida de status social. Raramente a mídia exibe em propagandas negros dotados de saber e poder, porém são frequentes as notícias que relacionam a violência e a criminalidade aos pardos: bandidos ou traficantes, vivem em morros sempre em afronta com a polícia. Além disso, a marcacão racista se extende ao mercado de trabalho. Aproximadamente 1% dos executivos das 500 maiores empresas no Brasil são negros. Em adicão, conforme mostra a página do facebook da modelo Taís Araújo, nem atrizes estão a salvo deste manifesto antropofágico: o racismo. Essa rejeicão também denunciada na cancão Haiti de Caetano Veloso e Gilberto Gil, ilustra que negros brasileiros são especialmente desvalorizados sem apoio humanitário, em contraponto aos do Haiti. Ao longo dos anos, o racismo assumiu diversas formas para a discriminacão dos negros. Para lidar com a segregacão social, o governo federal precisa seguir as programacoes do CDER na busca à pacificacão racial. Através da promocão de eventos comunitários, palestras e políticas de inclusão social, os negros poderão ser identificados pelos brancos da elite como conterrâneos. Esse projeto não deve discernir as pessoas, porque afinal todos são brasileiros.