Título da redação:

Brasil: 500 Anos de Racismo

Tema de redação: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 03/05/2016

A persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea é um reflexo da cultura preconceituosa e segregacionista enraizada na população. Cultura esta, nascida no Brasil colônia e ainda em desenvolvimento no Brasil atual. Segundo o iluminista John Locke, todas as pessoas nascem iguais, sem distinções entre si. A Carta Magna Brasileira diz no artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei...”. A mensagem é clara, não há diferenciações entre os seres humanos, independentemente de suas etnias, crenças ou cor da pele. Entretanto, no Brasil, vemos uma cultura preconceituosa e racista ignorar a constituição e ironizar célebres pensadores. No Brasil, o racismo surgiu simultaneamente à chegada dos portugueses. A superioridade imposta pelos colonos aos povos indígenas é um exemplo que resultou, inicialmente, em escravidão e, posteriormente no extermínio em massa de diferentes etnias. A situação apenas se agravou com a chegada dos navios negreiros aos portos brasileiros. A escravidão destes povos durante séculos causou marcas profundas na sociedade brasileira que são facilmente notadas ainda hoje em atitudes preconceituosas por parte de milhares de brasileiros. O Brasil é famoso por possuir uma das mais miscigenadas populações do mundo. Mais da metade dos brasileiros se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas, o que reforça em números o potencial de influência que estes povos têm em esfera social, cultural, política e econômica. Entretanto, a real situação daqueles considerados negros ou mestiços é vergonhosa. A baixa representação do gênero em cargos políticos, de liderança e até mesmo nas universidades brasileiras contraria a tão enfatizada pluralidade racial. Sem falar é claro, dos milhões de brasileiros vítimas diariamente do preconceito e da segregação racial em meio à sociedade. Portanto, torna-se essencial a criação, manutenção e ampliação de políticas públicas que incentive a integração de negros, pardos e indígenas em cargos políticos, de liderança e em universidades. Mas principalmente, a conscientização da população, através dos meios de comunicação, de que todos os brasileiros são descendentes de uma verdadeira mistura de etnias e a cor da pele não pode ser motivo de superioridade ou inferioridade, pois como diz Gabriel, O Pensador: “O racismo é burrice”.