O racismo tem suas raízes no período colonial brasileiro, período este marcado pela mão-de-obra do negro africano, de forma escravista durante 358 anos. O negro era considerado pelos colonizadores Portugueses como seres inferiores, uma coisa qualquer e não uma pessoa. A tão sonhada liberdade chegou no ano de 1888, mas trouxe consigo um emaranhado de problemas, que se alastraram para a atualidade, provando que não houve uma verdadeira libertação, apenas o afrouxar das correntes. Problemas estes como a não criação de projetos para inserção do negro na sociedade, não lhes garantindo direitos fundamentais, como o acesso a terras e a moradia, hoje chamados respectivamente de sem terra e sem teto. Trata-se de um amparo social que não foi oferecido no processo de adaptação na sociedade, fora de suas obrigações como escravo, e que embora atualmente não exista a escravidão, continua a não existir este amparo. Neste contexto surge a exclusão social, aonde o negro não tem o devido acesso ao ensino básico, a disputa pelo emprego não é justa, a ascensão a cargas públicos e políticos torna-se restrito e elitizado, afinal a maioria negra também é pobre. Sendo piamente reduzidas suas chances de um salário mais digno, o levando a trabalhos na limpeza, na coleta de lixo, na varredura de calçadas, trabalhos braçais. Percebe-se que os tempos mudaram mais a condição do negro não, afinal ele ainda vive diante de limitações. Empurrados para a vida em morros, favelas, com pouco ou nenhum acesso a saneamento básico, sendo guiados para a marginalização. É necessário não somente a criação de leis para moldar uma sociedade mais igualitária, mas sim da mudança da consciência da própria sociedade, de deixar esta visão errônea de que o negro é inferior, de parar de ter um prejulgamento baseado na cor da pele, negando muitas vezes para cidadão de bem e honesto a chance de crescimento profissional. Tornando-o dependente do governo como do bolsa família, e sem chances de sair de uma situação precária. Portanto, é claro a existência de uma má gestão no processo de libertação dos escravos, que não gerou somente um mal estar em 88, mas toda uma onda de problemas que se perpetuaram para a atualidade, evidenciando que a persistência do racismo tem sua principal causa no olhar crítico de cada cidadão, num julgamento sem mesmo chance de defesa. Sendo necessário nesta situação leis para coibir o racismo, e projetos que insiram o negro na sociedade.