A existência do racismo na sociedade brasileira pode ser observada desde o período da escravidão, cujos escravos negros, trazidos do continente africano e chegando a compor 60% da população, eram destituídos de quaisquer visibilidade no âmbito social. Como consequência desse fato, em pleno século XXI, ainda se pode observar casos que envolvam esse tipo de preconceito, urgindo a necessidade de medidas que solucionem o problema. É válido pontuar de início, que a crença existente na superioridade de raças por parte da população contribui para a persistência do racismo no Brasil. Resultado de reflexos de um passado histórico discriminatório, fatores como cor da pele ou formato do crânio têm servido para legitimar relações de dominação, implicando na constância do problema no meio social, uma vez que tal legitimação consiste numa forma de organização social pautada no privilégio de um grupo em detrimento do outro, fazendo com que características biológicas funcionem como justificativa do fato apresentado. Sendo assim, a integração social, de fundamental importância para o bom funcionamento de uma nação, acaba sendo enfraquecida, e o negro como vítima da marginalização social. Outrossim, a ausência de conhecimento por parcela dos cidadãos acerca das contribuições africanas no processo de formação da cultura nacional infere no quadro segregacionista brasileiro. Isso ocorre, pois o processo de aculturação, especialmente entre a cultura afro-brasileira, que propiciou a construção de uma identidade brasileira peculiar, ainda é pouco sabido por parte dos brasileiros decorrente da falta de informação, o que promove à formação de discursos que denigram a imagem da cultura africana se tornem mais comuns. Por conta disso, fica evidente a importância da educação no processo da erradicação do racismo no Brasil. Logo, de acordo com os argumentos supracitados, faz-se necessário a promoção de campanhas desenvolvidas por meio do Governo Federal com a finalidade de conscientizar a população acerca dos malefícios do racismo e suas consequências. Ademais, é preciso que haja a promulgação de palestras instituídas pelo Ministério da Educação e ministradas por sociólogos aos estudantes a respeito do mérito das influências africanas na conjuntura social brasileira assim como divulguem as formas de denunciar os casos de racismo, com o fito de conscientizar as futuras gerações e impedir futuros crimes.