No século XV, com o fim do Sistema Feudal, a escravidão cresceu de maneira intensa. As grandes potências da época mantiveram a desigualdade racial e social através do trabalho escravo. Tal acontecimento foi um dos grandes percussores das longas raízes do racismo, ainda presente na sociedade do século XXI. Em primeiro lugar, é importante lembrar que desde os tempos mais remotos, um grupo de minorias - que detém o poder - busca maneiras de controlar a maioria, estabelecendo padrões de comportamentos, ideologias e culturais. No Brasil, a abolição da escravidão deixou diversas lacunas para a inserção dos negros na sociedade. Faltaram políticas públicas que excluíssem a visão dos negros como seres inferiores e lhes oferecessem acesso à educação, saúde e trabalho. Assim, construiu-se a sociedade posterior ao período escravocrata, marcada pelos valores da antiga sociedade patriarcal brasileira. Na sociedade atual, a participação dos meios de comunicação, principalmente dos conectados à internet, são os principais canais para disseminação de ideologias. Na internet, nota-se inúmeros casos de ataques racistas às pessoas negras. Alguns famosos como a atriz Taís Araújo e a jornalista Maju Coutinho foram vitimas desse tipo de comportamento em suas redes sócias. Entretanto, esses tipos de manifestações não ficam restritas ao ambiente online, em situações do dia a dia, no trabalho e na escola acontecem incontáveis casos de discurso de ódio em relação à cor da pele. Em suma, devemos excluir a ideia de superioridade pela cor da pele através da propagação da igualdade. Os governos devem fazer uma reformulação no sistema educacional para que a educação seja a principal forma de luta contra o racismo. Deve-se acrescentar nas escolas disciplinas que abordem os fatos históricos, de modo a mostrar que a exclusão dos negros da sociedade, naquele momento, é a principal raiz da persistência do racismo. Desse modo, educamos as crianças a reconhecer a injustiça com os negros, tanto no passado como atualmente.