Título da redação:

A Marginalização dos Negros

Tema de redação: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 31/05/2016

O grande abolicionista brasileiro Joaquim Nabuco afirmava, em suas obras literárias, que “não basta extinguir a escravidão, é preciso acabar com sua obra”. Nesse sentido, as falhas das instituições públicas e da sociedade, na inclusão sociorracial, tornam-se evidentes. Haja vista a extrema desigualdade racial, a falta de oportunidades e a marginalização social a que os negros estão submetidos atualmente. Segundo o Relatório das Desigualdades Raciais no Brasil, mais de 50% da população considera-se negra ou parda, mais de 60% das empregadas domésticas são negras e apenas 16% dos universitários são de etnia negra. Essa pesquisa revela que a falta de políticas de inclusão social dos descentes de escravos promoveu um abismo sociorracial no Brasil. Limitando, assim, o acesso dos negros aos direitos básicos, aos bens, serviços e ao assistencialismo. Apesar da Constituição Federal do Brasil afirmar que todos são igual perante a Lei e a sociedade negar a existência do racismo, é fato, a cor de pele mais escura é julgada negativamente. Isso é perceptível, não apenas pela desigualdade de renda, mas também pelo aceso precário a saúde pública e a educação, pela discriminação no mercado de trabalho, pela violência e opressão, principalmente policial, a qual os negros estão submetidos no dia a dia. Sendo assim, o Estado, como provedor de direitos, deve criar programas de inclusão social da população negra. Isso poderá ser feito, por meio de incentivo ao esporte, principalmente nas comunidades mais carentes, tendo em vista ser esta uma ferramenta de inclusão social. É necessário, também, melhorar o assistencialismo público, por meio da arrecadação de impostos, o dinheiro deve ser revertido em educação e saúde de qualidade. Além disso, campanhas midiáticas nas escolas e nas comunidades devem ser intensificadas, para conscientizar a população de que racismo constitui crime inafiançável e que, constitucionalmente, todos são iguais, sem distinção de raça e etnia.