Título da redação:

A cegueira obsoleta

Tema de redação: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 29/05/2016

Desde o início da colonização no Brasil, no século XVI, os negros foram escravizados e considerados seres desalmados. Com a premissa de que a etnia branca seria superior à negra, difundiu-se no país uma ideologia obsoleta baseada na inferiorização e animalização negra, observada de forma incólume na sociedade brasileira do século XXI. Historicamente, o Brasil sofreu uma colonização de exploração baseada em um regime escravocrata segregacionista, onde os negros deveriam submeter-se a condições insalubres de vida. Dessa forma, fomentou-se na sociedade um ideal racista baseado na agrura da maioria negra e no regozijo da minoria branca. Assim, a intolerância disseminou-se como uma praga no país, tendo em vista que os negros seriam inferiores e bandidos e pobres e escravos e oprimidos e animalizados e excluídos, como um polissíndeto representando a persistência da segregação étnica. Atualmente, a obsolescência de tal ideal está implicitamente presente na diferença de negros e brancos em universidades públicas e em cargos superiores de empresas, contrapondo-se ao fato de que mais de 50% da população nacional é justamente negra. Contudo, o conceito de inferiorização difundiu-se com maior intensidade após a ascensão da era tecnológica, que construiu um cenário propício para a propagação de diversos discursos de ódio, tais como os de Adolf Hitler, por exemplo. Desse modo, constituiu-se um círculo vicioso na sociedade formado com a cegueira dessas mentes arcaicas, visto que quanto maior for a intolerância, maior será a segregação e, consequentemente, o racismo. Portanto, é necessário que tal cegueira seja combatida com um importante colírio: o respeito. Quanto mais o Governo investir em palestras acerca deste tema em escolas e empresas e ONGs investirem em campanhas contra o racismo através das redes sociais, maior será a quantidade de mentes críticas desenvolvidas. Postergar tais debates não é a solução; incentivar o pensamento benevolente é a chave para a inclusão.