Não se nasce mulher: torna-se. As palavras da escritora Simone de Beauvoir, uma das principais frases dos movimentos feministas, definitivamente provam a formação da mulher dentro de uma cultura que define qual o seu papel no seio da sociedade; mulheres, essas, que ficam muito tempo aprisionadas ao papel de mãe e esposa. A persistência da violência contra a mulher no Brasil se dá devido a cultura machista inserida na sociedade patriarcal brasileira juntamente a um legado histórico-cultural. Vale ressaltar que tal problemática é facilmente notada no contexto atual, como, por exemplo, na questão da isonomia salarial – o que é injusto, visto que indivíduos de ambos os sexos são iguais perante a lei. Tais fatos citados reforçam a necessidade de evolução do pensamento e abandono do preconceito enraizado acerca da fragilidade e inferioridade da mulher em relação ao homem. Desse modo, a figura feminina sempre foi e ainda é vista como doméstica e sempre disposta a satisfazer a masculina. Tal estigmatização é decorrente das raízes históricas e culturais, resgatando costumes da época em que os pais – chefes de família – criavam suas filhas com o propósito de promover casamentos arranjados. A falta de liberdade da mulher vem de um contexto opressor e que, infelizmente, se faz presente até os dias atuais. Fica evidente, portanto, que a violência contra a mulher é um caso preocupante e indubitavelmente presente na sociedade contemporânea. Para minimizar esse quadro, cabe ao poder judiciário a fiscalização das leis que dão suporte à mulher de modo mais rigoroso. Cabe também às prefeituras a criação de centros de ajuda psicológica e médica a essas que sofrem violência física ou verbal